Pessoa 1: Cantarolando "vida louca vida, vida breve..."
Pessoa 2: - É, se a minha continuar assim vai ser bem breve.
Pessoa 3: - Nossa, ela anda tão ruim assim?
Pessoa 2: - Não, ela ta ótima, aí que mora o perigo.
Neste quarto de fogo solitário No telhado um letreiro esfumaçado Candeeiro no peito iluminado O cigarro no dedo incendiário O cinzeiro esperando o comentário Da palavra carvão fogo de vela Meus dois olhos pregados na janela Vendo a hora ela entrar nessa cidade Tô fumando o cigarro da saudade E a fumaça escrevendo o nome dela O prazer de quem tem saudade é saudade todo dia O prazer de quem tem saudade é saudade todo dia Ela é maltratadeira Além de ser matadeira ô saudade companheira De quem não tem companhia Eu vou casar com a saudade Numa madrugada fria Na saúde e na doença Na tristeza e na alegria Quando o sono não chegar No mais distante lugar No deserto beira mar Dia e noite noite e dia
Pessoa X diz:
imagina só
tu tá em uma festinha quando ve chega um galetinho tri gostoso com potencial em alta
vestido de power ranger
dizendo 'nao fiquem com medo amiguinhos!'
dai tu tá fodendo com uma pessoa dessas dai ele lá emocionado diz
'VAAAAAAAAAAI JASPION!'
AH MEO MAS EU PEGAVA ELE FACIL FACIL
São 19h e até agora não tomei um gole de qualquer coisa não-alcoólica, almocei bebendo e assim continuei, por horas seguidas.
Passou o entusiasmo da bebida, bateu uma depressão, sozinha, esperando 30min para a próxima aula – essa sim eu vou assistir. Pra aula de psicologia não precisa estar sóbria. Eu, pelo menos nunca to, nem pra psicologia nem pra aula nenhuma.
Perdi uma palestra de um sociólogo foda, perdi dinheiro num banheiro sujo... Cara, cadê a sorte que eu costumava ter? Acho que perdi junto com todas as apostas que fiz em mim.
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
Eu não vou levar rancores Dos nossos amores as cores eu não vou pintar, O peito trajado de flores A boca tragando sabores E a dúvida não será onde chegar. Brincando de ser e estar apenas, Eu não sou Chico mas quero tentar
Há um direito que só muito poucos intelectuais cuidam de reivindicar: o direito à errância, à vagabundagem. E no entanto, a vagabundagem é a emancipação, e a vida ao longo das estradas, a liberdade.
Romper corajosamente um dia com todos os entraves que a vida moderna e a fraqueza do nosso coração, a pretexto de liberdade, fizeram pesar sobre os nossos movimentos, pegar no bordão e no alforge simbólicos e partir!
Ter um domicílio, uma família, uma propriedade ou uma função pública, meios de existência definidos, eis outras tantas coisas que parecem necessárias, indispensáveis quase, à imensa maioria dos homens, incluindo até mesmo os intelectuais que se creem mais emancipados. Todavia, todas essas coisas são apenas formas variadas da escravidão (…)
Muito estranho! Nunca dei muita bola pra Facebook e Twitter, por mais que eu saiba enxergar o lado bom de cada um deles. Acabei depois de muito tempo me rendendo. Porém o mais estranho é que quando eu fui me cadastrar, eu já tinha cadastro. Em ambos isso aconteceu, suspeito que eles se cadastrem sozinho com as nossas informações da internet, o que me da um certo medo. Suspeito também que eu possa já ter me cadastrado e esquecido completamente, o que me da muito medo.
E se alguém se interessar, aqui tá o bicho: @brunacardoso
de me encher de monóxido de carbono
de voltar pra casa com o nariz escorrendo
de visitar o Hoffman de não lembrar de nada no outro dia
de sair pelo mundo errando
Nem acertando.
Não tou afim de escrever
Também não significa que eu não faça tudo isso.
Só hoje não tou afim.
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
Esquecem de informar em todas as campanhas para doar sangue, que para fazer a doação é necessário ser um monge tibetano.
Eu te pergunto que Deus? Tem sido minha missão te mostrar Deus no Homem, pois, somente no homem ele pode existir. Não há homem pobre ou insignificante que pareça ser, que não tenha uma missão.
Todo homem por si só influencia a natureza do seu futuro. Através de nossas vidas nós criamos ações que resultam na multiplicação de reações. Esse poder que todos nós possuímos, esse poder de mudar o curso da história, é o poder de Deus. Confrontado com essa responsabilidade divina, eu me curvo diante do Deus dentro de mim."
Stuart Edgard Angel Jones - "desaparecido político", torturado e morto durante o governo Médici, filho de Zuzu Angel.
quarta-feira, 28 de julho de 2010
"Não é que vivo em eterna mutação, com novas adaptações a meu renovado viver e nunca chego ao fim de cada um dos modos de existir. Vivo de esboços não acabados e vacilantes. Mas equilibro-me como posso, entre mim e eu, entre mim e os homens, entre mim e o Deus." - Clarice Lispector
Mais um elemento das minhas paixões repentinas e instantâneas, o mangue-beat – movimento criado em 1990 em Pernambuco, mistura rock psicodélico, rap, eletrônica e música pernambucana.
Eis aqui um pouquinho do melhor:
Por fim, “Muita paz e esmeraldas em cima de vocês” =)
"Uma homenagem à televisão brasileira, que acabou se transformando numa grande perfumaria. Muitas vezes quando a gente busca informação a gente não tem mais a chance de encontrar isso na tv, porque em todos os canais você encontra os mesmos comentários banais, os mesmos programas banais e nada se modifica. São ciclos. E ai a gente tem que correr pra única mídia livre até então que é a internet, e nem todo mundo tem acesso à internet, mas aqueles que tem, tem acesso à informação. Então para essa grande indústria que se transformou numa grande perfumaria aqui vai a nossa homenagem, xanéu nº5".Fernando Anitelli
Enquanto pessoas perguntam por que, outras pessoas perguntam por que não?
Até porque não acredito no que é dito, no que é visto.
Acesso é poder e o poder é a informação.
Qualquer palavra satisfaz.
A garota, o rapaz e a paz quem traz, tanto faz.
O valor é temporário, o amor imaginário e a festa é um perjúrio.
Um minuto de silêncio é um minuto reservado de murmúrio, de anestesia.
O sistema é nervoso e te acalma com a programação do dia, com a narrativa.
A vida ingrata de quem acha que é notícia, de quem acha que é momento,
na tua tela querem ensinar a fazer comida uma nação que não tem ovo na panela que não tem gesto,
quem tem medo assimila toda forma de expressão como protesto.
Não tenho nenhuma expectativa sobre o quase um mês que eu não tenho nada para fazer. Enlouquecer e sair por ai na contramão é uma hipótese, mas falta vontade, calor e dinheiro. Quando eu to nessa situação normalmente eu me deixo levar e seja o que deus quiser. Quero me deixar levar em casa, assistindo filmes, lendo meus livrinhos, comendo e aproveitando sem muito esforço esses dias gelados. Viva a vida de Garfield!